Segunda feira da Vigésima Segunda Semana do Tempo Comum. Agosto se foi, entregando a setembro, a responsabilidade de nos conduzir, rumo a novos ares. Se antes, era o mês das vocações, setembro é o mês da Bíblia. A Bíblia, celebrada em setembro pela Igreja Católica no Brasil, como uma tradição que se consolidou desde 1971. São os reflexos do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), que incentivou o acesso das Escrituras Sagradas a todas as pessoas de fé. A escolha deste mês está ligada ao Dia de São Jerônimo, celebrado no dia 30. Jerônimo, dentre outras coisas, é conhecido como o tradutor da Bíblia do hebraico, grego e aramaico para o latim, conhecida como Vulgata.
Um dos principais objetivos de se celebrar o Mês da Bíblia é o de aproximar as pessoas da Palavra de Deus, promovendo uma leitura orante e reflexiva dos textos bíblicos. Em todos os anos, a Comissão Bíblica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), escolhe um dos livros a serem estudados, aprofundados. Para este ano de 2025, o livro da vez, é a Carta de Paulo aos Romanos, cujo lema é “A esperança não decepciona”. (Rm 5,5)
A esperança que é a base da fé cristã, vivida em meio a uma luta perseverante, ancorada na certeza, garantida pelo Espírito Santo que nos foi dado. Que possamos assim viver a nossa missão evangelizadora fundamentada na Palavra de Deus.
O 1° de setembro é também um dia especial para os cristãos do mundo inteiro. Celebramos nesta data, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, uma ocasião singular em que a Igreja nos convida a refletir profunda e respeitosamente, sobre a responsabilidade que temos com a preservação da nossa Casa Comum. O Papa Francisco, emprenhou-se muito com esta temática, com o seu pontificado recebendo duras críticas, quando alguns setores da Igreja, afirmavam que a função da igreja era “cuidar das almas”, e não se envolver com questões ambientais. Com estas falas, São Francisco de Assis, deve revirar-se no túmulo. Mas o Papa fazia questão de dizer: “estamos todos interligados, e a conversão ecológica é um dever de todos”.
O mês de setembro sendo iniciado de uma maneira diferente para este rabiscador, já que acordei nesta manhã respirando os ares de Goiânia e, enquanto aguardava para dirigir-me aos exames e consultas, rezei e rabisquei no burburinho da rodoviária. E nada melhor do que começar o mês bíblico, refletindo com o Evangelho de Lucas, que nos traz nesta segunda feira, o programa central de toda a atividade messiânica de Jesus. Ele indo à Nazaré, a cidade onde fora criado e, estando na sinagoga, em dia de sábado, dão-lhe o livro para ler uma passagem do profeta Isaías 61,1-2. A profecia anunciada a muitos anos, sendo cumprida e confirmada pelo Messias: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir.” (Lc 4, 21)
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-Nova aos pobres”. (Lc 4,18). Certamente, todos os ouvintes ficaram admirados com a sabedoria de Jesus, mas também desconfiados, afinal eles conheciam a procedência daquele homem, vindo da periferia de Nazaré: “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22) A dúvida e a rejeição de Jesus por parte de seus conterrâneos, já dá uma dimensão de como será a vida dele de hostilidade no exercício de sua atividade. No entanto, Jesus prossegue seu caminho, para construir a nova história que envolverá toda a humanidade.
Um programa de missão perfeita: dedicar toda a sua vida às causas dos mais pobres, doentes, desabrigados, famintos e marginalizados. Colocada no início da vida pública de Jesus, esta passagem de Lucas constitui o programa de toda a atividade do Homem de Nazaré. Jesus anunciara que o Messias iria realizar a missão libertadora dos pobres e oprimidos. Assim, Ele aplica a passagem a si mesmo, assumindo-a no momento sócio histórico concreto em que se encontra. Que bom, se todos os seguidores e seguidoras de Jesus, entendessem a sua missão no concreto da vida humana dos sofredores, e não se perdessem por entre as paredes dos templos, mais preocupados com cerimoniais, roupas litúrgicas extravagantes, e uma vida voltada para dentro de suas vaidades clericais, com o compromisso com os marginalizados passando longe de suas rotinas religiosas alienantes.
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