Sábado da Décima Quinta Semana do Tempo Comum. Curiosamente, estamos atravessando o 200º dia deste ano de 2025. Outros 165 se apresentam em nosso horizonte histórico. A vida pede passagem e nós, somos desafiados a vivê-la na intensidade que o Deus Criador nos plasmou no seio deste Cosmos. Diante destes desafios e, pisando no chão da história, quem sabe possamos pensar com aquilo que Paulo afirma em uma de suas cartas: “Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”. (Rom 8,28) Isto significa que, mesmo em meio as dificuldades e desafios, aqueles e aquelas que amam a Deus podem ter a certeza de que Ele está trabalhando em suas vidas para o seu bem maior, de acordo com o seu propósito. Lembrando que o projeto de Deus é fazer com que todos e todas se tornem imagem do seu Filho e se reúnam como a grande família de Deus.
Dia 19 de julho. Neste dia lembramo-nos que nascia na Alemanha, Herbert Marcuse (1898-1979) Sociólogo e filósofo, Marcuse pertenceu à Escola de Frankfurt, um grupo de intelectuais associados ao Instituto de Pesquisas Sociais da Universidade de Frankfurt, na Alemanha. Escreveu um de seus livros, que se tornou referência para o pensamento crítico do sistema capitalista: “A ideologia da Sociedade Industrial”, (1964), descrevendo de forma crítica, o sistema capitalista, através da tecnologia e da produção em massa, moldando a cultura e o comportamento das pessoas, onde a liberdade individual é limitada e a capacidade de crítica é enfraquecida, sobretudo na juventude. Passados todos estes anos, parece que estamos vivendo esta realidade com os frequentadores consumistas dos shopping Centers. Sempre adotei em minhas ações esta frase de Marcuse: “Muitas coisas não merecem ser ditas e muitas pessoas não merecem que as outras coisas lhe sejam ditas: o resultado é muito silêncio”.
“Tanto quanto o céu está acima da terra, assim os meus caminhos estão acima dos caminhos de vocês, e os meus projetos estão acima dos seus projetos”. (Is 55,9) Iniciei a minha jornada, neste dia de sábado, com este pensamento de um dos principais profetas do Antigo Testamento, conhecido por suas profecias sobre o Messias e o futuro de Israel. Ele que viveu em Jerusalém por volta do século VIII a.C. Um sábado de festa e passeios para alguns, mas para este matuto aqui, de vários compromissos celebrativos com as nossas comunidades daqui. Nem pude me fazer presente no “túmulo do profeta”, como sempre faço, aos sábados, devido a estes compromissos, que começaram logo pela manhã, celebrando num encontro de família aqui na beira do rio Araguaia. Reforcei com eles o compromisso que cada um tem dentro da sua família. Relembrei-os daquilo que o Padre Zezinho afirma em uma de suas belas canções: “Que nenhuma família termine por falta de amor”.
Família de Jesus, ameaçada por aqueles que não são partidários da verdade e do projeto de Deus que é liberdade e vida para todos. É o que o texto do evangelista Mateus, nos traz para a nossa reflexão neste sábado. Jesus ameaçado de morte pelas lideranças religiosas de seu tempo: “os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus”. (Mt 12,14) Esta mesma perícope aparece no Evangelho de Marcos, sendo que ali, fica mais evidente o conluio entre as facções religiosas: “Logo depois, os fariseus saíram da sinagoga e, junto com alguns do partido de Herodes, faziam um plano para matar Jesus”. (Mc 3,6) Importante salientar que os fariseus e os herodianos, foram dois grupos distintos na sociedade judaica do tempo de Jesus, frequentemente em conflito, mas que em certos momentos se uniram contra Ele. De um lado, os fariseus eram conhecidos por sua adesão rigorosa à lei mosaica e suas tradições, enquanto os herodianos eram um grupo político que apoiava a dinastia herodiana e, por extensão, o domínio romano na região. Inimigos entre si reúnem-se para planejar a morte do profeta que está destruindo a imagem de religião e sociedade que eles tinham e se beneficiavam explorando os pobres.
Os religiosos que se unem com o poder politico para dar fim à vida de Jesus. Eles não podiam mata-lo, por este motivo, se unem entre si para a realização deste intento. Tudo por causa das ações concretas de libertação de Jesus, feitas com os pobres, doentes, marginalizados, pagãos, mulheres e estrangeiros. Todavia, como o texto de hoje mostra, Jesus não fazia “publicidade” de suas ações. Pelo contrário, sempre pedia que não ficassem alardeando sobre aquilo que Ele havia feito: “E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era”. (Mt 12,16) Ele sabe e tem consciência de que é o “Servo Sofredor”, uma figura profética encontrada no livro de Isaías 52,13-15, que descreve alguém que sofre e morre por causa dos pecados dos outros, sendo posteriormente exaltado. Este servo é o novo mediador que traz e garante para todas as pessoas a salvação misericordiosa de Deus: “em seu nome as nações depositarão a sua esperança”. (Mt 12,21) Esperança que não decepciona.
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