Sábado da Décima Semana do Tempo Comum. Enquanto as temperaturas despencam por este imenso Brasil afora, nós aqui do Araguaia, vamos vivendo dias mais amenos, mas com a predominância do Sol aquecendo por demais os nossos corpos. Outono com cara de verão. O que vale é o vento, que nesta época do ano, sopra com mais intensidade, contribuindo para a baixa umidade. Aos poucos o Araguaia vai perdendo o seu volume de água, desnudando suas praias, para a alegria dos turistas que, brevemente, chegarão para mais uma temporada de praia. O mais triste disso tudo é a sujeira que eles deixam para trás, assim que vão embora, mostrando igualmente o seu lado analfabeto ambiental.
O dia 14 de junho marca na história do pensamento o dia da morte de um dos grandes intelectuais que a Alemanha viu nascer: Max Weber (1864-1920). Weber é considerado um dos fundadores da Sociologia, ciência que estuda a sociedade, os padrões das relações sociais, a interação social e cultural da vida cotidiana do ser humano. Confesso que tive muita dificuldade no primeiro contato com os seus textos, no primeiro ano do curso de filosofia. Entretanto, esta situação mudou, quando retomei estes mesmos textos, no quarto ano do curso, mostrando assim que fiz um percurso que me possibilitou conhecer melhor o pensamento deste sociólogo. Adotei como postura de vida, aquilo que afirmou Max Weber: “O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível”.
Considerando o pensamento deste intelectual, o contexto da liturgia deste sábado nos possibilita pensar em um dos filósofos mais importantes da Grécia Antiga: Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) Ele que é considerado o principal representante da terceira fase da história da filosofia grega. Estamos lembrando este pensador, porque no dia de hoje, o texto do Evangelho proposto, trata da temática relacionada à verdade, e Aristóteles nos ajuda a entender melhor o conceito “verdade”. É sabido que a filosofia, enquanto ciência, nasce das interrogações humanas a respeito das coisas que existem, mostrando que o desejo da verdade pertence à própria natureza humana, sendo uma propriedade natural da razão. Como bem nos disse este filósofo: “Todo homem, por natureza, deseja saber”. A busca da verdade é o preambulo que constitui a essência da filosofia, já que ela se define como “amor a sabedoria”.
Buscar a sabedoria que vem de Deus. Jesus, com a sua verdade absoluta, segue orientando os seus discípulos dentro do contexto do “Sermão da Montanha”, que compreende os capítulos 5 a 7 do Evangelho de Mateus. Este “Discurso de Jesus”, que pode ser visto também no Evangelho de Lucas, embora de maneira fragmentada ao longo do livro deste evangelista. Nestes discursos, Jesus vai organizando os princípios fundantes, que normatizam e orientam a vida cristã, sobretudo na missão que os discípulos irão desenvolver nas suas atividades messiânicas posteriores. A palavra chave do ensinamento de Jesus no texto de hoje é juramento. Os adeptos e seguidores de Jesus jamais deverão fazer juramentos a ninguém, em circunstância nenhuma, mas devemos ser corretos com a nossa palavra, cumprindo sempre o que o Evangelho nos propõe como projeto de vida.
“Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei”. (Mt 5,34-35)
Quando surge a necessidade de alguém fazer juramentos, significa que a mentira e a desconfiança já perverteram as nossas relações humanas. Neste sentido é que Jesus exige que os nossos relacionamentos sejam pautados pela verdade e pela responsabilidade, sempre! Estabelecermos relações verdadeiras e responsáveis é o caminho que nos conduzem à estruturação de uma sociedade mais humana, fraterna, solidária, em que predomine a verdade em todas as suas circunstâncias.
Numa sociedade em que, cada vez mais, vemos crescer a mentira como padrão de conduta entre as pessoas, este ensinamento de Jesus hoje se constitui num imenso desafio. Como sermos verdadeiros e íntegros diante deste contexto, em que a verdade sai de cena e em seu lugar se estabelece todas as formas de inverdades descaradamente perversas, destruindo vidas e a integridade das pessoas? “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (Jo 8,32) Na compreensão do evangelista São João, a verdade que liberta é aquela que traz a vida nova ofertada por Jesus, que relativiza tudo aquilo que antes parecia absoluto: riqueza, poder, ideias, estruturas. Para Jesus, a liberdade só é possível quando se rompe com uma ordem estrutural injusta, que impede a experiência do amor profundo de Deus, através de seu amor infinito à pessoa humana. Sendo assim, nunca deveremos jurar e muito menos manter-nos numa postura covarde de neutralidade, posto que, “Neutro é quem já se decidiu pelo mais forte”. (Max Weber)
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