Terça feira da Segunda Semana da Páscoa. Por aqui a estação do Outono segue flertando com o verão. Dias de muito calor e, quando vem à chuva, é um Deus nos acuda. Como o nosso país é de dimensões continentais (8.510.000 km²), a temperatura por aí afora deu uma baixada, diferente de nós por aqui. O Rio Araguaia ainda permanece com o seu grande volume de água, decorrente das chuvas que, neste ano, foram mais intensas. Já é possível perceber a fartura de peixes, para a alegria dos pescadores locais. A dinâmica do rio é esta: ele precisa transbordar, para deixar nos lagos os peixes pequenos, da última piracema, e trazer de volta os grandes que ali estão. Coisas dos mistérios da Mãe Natureza. Ela é sábia, transforma-se e transmuta-se a cada estação.
Em clima ainda de comoção e luto mundial, pela “passagem” de nosso querido Papa Francisco, vemos que o “Conclave” para a escolha do novo papa, começará no dia 7 de maio. Lembrando que “conclave” é o nome da assembleia de cardeais que elegerão o novo pontífice. Serão ao todo 133 cardeais, de 70 países, que terão a incumbência de eleger, queira Deus, o novo “Franciscus”. Estamos rezando e torcendo para que isto ocorra afinal, já que o legado de alegria, simplicidade, diálogo e acolhida sinodal, precisa ser continuado, para o bem da Igreja e daqueles que acreditam na proposta fiel de Jesus, presente no Evangelho. Esta é a hora dos representantes da Igreja, diminuírem a vaidade, a ostentação e o ego inflado, e permitir que o Espirito Santo possa agir. Destas 133 autoridades eclesiásticas, quase metade (49%) do conclave é formada por religiosos da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá. Que são Francisco de Assis interceda pela Igreja, que ele e seu xará, souberam muito bem representar!
A terça feira é pascal, mas também dia de festa para a história da Igreja. Celebramos a vida de Santa Catarina de Sena (1347-1380). Nascida na cidade de Siena (Sena), na Itália, numa família muito pobre e numerosa. Teve uma infância conturbada e não sem condições de estudar. Era muito doente e por isso cresceu fraca e franzina. Santa Catarina não era uma religiosa com votos perpétuos. Era apenas uma simples irmã leiga da Ordem Terceira dos Dominicanos. Todavia, apesar de analfabeta, ela é considerada a mulher mais impressionante do segundo milênio. Faleceu em 29 de abril de 1380, dia de sua festa. Foi vítima de um derrame quando tinha apenas trinta e três anos de idade. O Papa Paulo VI declarou-a “doutora da Igreja” em 1970, por causa da grandeza teológica e mística de sua obra.
“Pelo amor, a pessoa se torna outro Cristo. É pelo amor que esta pessoa se une a Deus”. Com esta frase de Santa Catarina de Sena, continuamos a nossa reflexão bíblica de hoje, aprofundando o diálogo entre Jesus e Nicodemos. Diálogo este que mais parece um monólogo, já que Jesus traça um horizonte mais amplo, fazendo referência aos testemunhos pós-pascais. Uma verdadeira profissão de fé bem característico da linguagem joanina, fazendo uma síntese da história da salvação. Como Nicodemos era um grande admirador de Jesus, ficou ali o escutando atentamente. O texto de ontem deixa explícito a admiração deste fariseu: “Rabi, sabemos que tu és um Mestre vindo da parte de Deus. Realmente, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, se Deus não está com ele”. (Jo 3, 2)
A situação de Nicodemos era delicada. Ele não queria perder o prestígio que representava diante das autoridades judaicas, mas o seu coração de admirador, abriu-se para Jesus. Poucas pessoas como este homem, vindo do meio dos judeus influentes de Jerusalém, tiveram uma proximidade tão grande com Jesus e sua proposta. Ali diante dele, Jesus descreve em tom de revelação, toda uma teologia para especificar a forma que deve ser a nossa relação com Deus: “E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. Para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna”. (Jo 3,13.15) Jesus não está revelando estas coisas a um de seus discípulos, mas a um fariseu, membro do poderoso conselho judaico chamado Sinédrio. O Sinédrio era conhecido como a suprema corte de Israel. Nicodemos é um dos poucos fariseus que acredita em Jesus e se sente atraído pela proposta d’Ele.
Esta relação forte entre Jesus e um fariseu deve servir para nós como uma grande fonte de inspiração. A abertura de Deus, através da pessoa de Jesus, nos possibilita entrar para a dinâmica salvadora do Reino, onde cada um de nós é importante neste processo todo. Deus continuando contando com o nosso testemunho, para levar adiante a pessoa de Jesus ressuscitado. A grande novidade que Deus tem para todos nós está em Jesus, que vai revelar na cruz a vida nova. Aí ele demonstra o maior ato de amor: a doação de sua própria vida em favor de todas e todos nós. A Ressurreição acontece toda vez que nós, através da nossa vida de serviço e doação e entrega pelo Reino, realizamos as mesmas ações libertadoras de Jesus. Assim pensando, a Ressurreição não é apenas uma data no calendário litúrgico, mas um convite a viver todo dia como quem já venceu, pois Deus é o autor da vida.
Cansei de ficar em casa. Fui até a portaria conversar com a Ro. Pra ir…
Domingo,ontem, dia 27/04/2025, estive na festa da Fogazza na minha paróquia. Senhoras apaixonadas pela comunidade,entusiasmadas…
Bons filhos à casa tornam. Com esse tema aconteceu neste final de semana, 24, 25…
7º Encontro dos Ex-Seminaristas Redentoristas Reúne Emoção e Saudade em Sacramento (MG) Sob o…
Missão Silenciosa, Missão Redentorista. Por: Pedro Luiz Dias Existe uma forma silenciosa e poderosa de…
Segunda feira da Segunda Semana da Páscoa. Depois da semana de Oitava da Páscoa, o…