PEDRO AVELAR. Escritor e poeta.
Parabenizo a iniciativa, de se louvar o dia da poesia. Na proposta de se encaminhar poesia que ficou na memória, muitas me ocorrem, mas gostaria de citar uma que eu muito apreciava na infância, ao tempo de coroinha em Birigui. Eu me comovia com a Flor do Maracujá, do Catulo da Paixão Cearense. Mais tarde, vim a conhecer a outra Flor do Maracujá, do Fagundes Varela, que também muito aprecio. Mas a primeira, para o propósito de hoje, parece mais adequada, até mesmo pela proximidade da Semana Santa. Eu a copio abaixo:
Ah, pois então eu lhi conto
A estória que ouvi contá
A razão pro que nasci roxa
A flor do maracujá
II
Maracujá já foi branco
Eu posso inté lhe ajurá
Mais branco qui caridadi
Mais branco do que o luá
III
Quando a flor brotava nele
Lá pros cunfim do sertão
Maracujá parecia
Um ninho de argodão
IV
Mais um dia, há muito tempo
Num meis que inté num mi alembro
Si foi maio, si foi junho
Si foi janero ou dezembro
V
Nosso sinhô Jesus Cristo
Foi condenado a morrer
Numa cruis crucificado
Longe daqui como o quê
VI
Pregaro Cristo a martelo
E ao vê tamanha crueza
A natureza inteirinha
Pois-se a chorá di tristeza
VII
Chorava us campu
As foia, as ribera
Sabiá também chorava
Nos gaio da laranjera
VIII
E havia junto da cruis
Um pé de maracujá
Carregadinho de flor
Aos pé de nosso sinhô
IX
I o sangue de Jesus Cristo
Sangui pisado de dô
Nus pé du maracujá
Tingia todas as flor
X
Eis aqui seu moço
A estoria que eu vi contá
A razão proque nasce roxa
A flor do maracujá
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