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EXPERIÊNCIAS DA MORTE CHEGAM COMO ONDAS DE CLARÃO QUE DÃO SENTIDO DE FÉ E DE VIDA ETERNA (NELSON PEIXOTO)

EXPERIÊNCIAS DA MORTE CHEGAM COMO ONDAS DE CLARÃO QUE DÃO SENTIDO DE FÉ E DE VIDA ETERNA

 

 

Meses antes, publiquei neste blog, sob o título “A Caixa de Carinho e as Ondas…”, fatos que levam idosos a recuperar o amor através de cuidadores, ainda pouco valorizados, em suas contribuições para o bem-estar dos idosos, altamente dependentes. Pois são estes que mais precisam de atenção de cuidadores para conversar, inclusive a capacitação psicológica e espiritual diante da morte.

 

Entre os profissionais que tratam do assunto, conhecemos a psicóloga Ana Claudia Quintana Arantes com seus cursos online: “Como trazer Paz para a Morte”, “Sentinelas” (Curso de Formação para Guardiões do Fim da Vida), “Como Lidar com o Luto”, entre outros.

 

 

Na publicação semanal do meu blog que acima mencionei (Caixa de Carinhos e Ondas), perguntara aos leitores sobre o silêncio ou a abordagem quando da finitude terrena e próxima do corpo mortal. Este silêncio, como cuidado ou medo, tenho notado em ambientes onde idosos residem com outros da quase igual condição.

 

Sobre essa questão, obtive respostas de pessoas de coração aberto, de profundo sentimento e razões de fé que experimentaram a morte, o luto e a saudade, sobretudo com seus familiares. Isto não quer significar que as respostas não sejam úteis para cuidadores e demais colaboradores das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPs).

1. “Penso que depende do estágio que o idoso se encontra. Por exemplo, se está num estágio que esteja esquecendo as coisas, o cuidador não precisa falar, a menos que o idoso pergunte. Sempre tentando suavizar o impacto da notícia. Usar eufemismos, expressões que tragam um consolo. Por exemplo: ‘o compadre estava sofrendo, agora descansa nos braços do Pai’.” (Maria Auxiliadora Lima).

Com esta resposta, aproximo-me do livro de Santo Afonso Maria, intitulado “Preparação para a morte”, que é um livro que convida à meditação sobre as realidades eternas, como a brevidade da vida e a certeza da morte, incentivando o fiel a viver uma vida virtuosa em preparação para a eternidade no Paraíso no aconchego do Pai de Jesus, que O ressuscitou dos mortos e fará o mesmo com cada um de nós. 

 

2. “A abordagem da morte para idosos que estejam em suas famílias ou em ILPIs é uma questão complexa, pois envolve muitos fatores. Acredito que dependerá de circunstâncias diversas que serão levadas em conta disso.”

 

“A primeira delas é a situação mental do idoso! Quando esta for favorável, acho perfeitamente possível o trato da própria morte ou a morte dos seus próximos! Conheci pessoas com mais de 90 anos que escolheram sua assistência espiritual, seus ritos funerários com tranquilidade! Outra mantinha uma ligação com os amigos até próximo do fim! Acredito que são variáveis de saúde física e mental que darão condições de trato sobre a morte! Percebo que, se esta condição mental for boa, todo idoso sabe de sua proximidade com a morte! A abordagem depende também da confiança entre estes e seus cuidadores e também dos assistentes espirituais!”

 

“Quando o ambiente for favorável, a situação pode ser tratada de forma espontânea, mas com a devida seriedade! Afinal um idoso, por sua própria condição de longevidade, tende a fazer “balanço” de vida e muitas vezes tende a ver a morte como acerto de contas entre si e sua própria história! Isto pode gerar condições depressivas o que não favorecem a tranquilidade da pessoa!” (Maria do Carmo dos Reis).

 

Nesses depoimentos acima, reafirmamos a complexidade do trato da questão da morte, o cuidado pela individualidade, pela história pessoal, pelo sentido da vida que pode ou não facilitar a compreensão do sentido da morte.

Afirma a Maria do Carmo dos Reis: “As pessoas carregam crenças, vivências, experiências que podem ajudar ou atrapalhar um processo de passagem! Nada deve ser forçado e sempre se deve lembrar que as pessoas possuem características únicas que as fazem ser diferentes e mais ou menos sensíveis! Pensamos muito em quem vai receber a notícia da própria morte. Isso é válido, pois é a principal interessada, e neste caso todo o respeito, a caridade, a compaixão sempre devem prevalecer! Mas quem será o interlocutor? Uma pessoa próxima afetivamente? Um responsável pela instituição? Um diretor espiritual?

 

 

“Sobre as pessoas que tem mortes quando já estão inconscientes por demência ou outras causas, seus finais de vida são determinados pelos cuidados paliativos! O cuidador/parente envolve-se com a família e a equipe médica hospitalar, o que pode gerar conflitos de abordagem.

 

São variáveis que só o bom senso e a fé podem responder! A verdade deve sempre prevalecer, mas a caridade, a compaixão e a fé na vida em Deus Pai suplanta o medo e os outros sentimentos, mesmo com dor e saudade.”

E você, meu irmão e irmão, como tem vivido esta experiência com seus amados familiares e amigos?

 

Nelson Peixoto, em 11 de Outubro de 2025.

Luiz Cassio

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