Quarta feira da Décima Terceira Semana do Tempo Comum. O mês de julho vem aos poucos mostrando a que veio, com temperaturas mais baixas, Brasil afora. Aqui pelas nossas bandas, o clima tende a ser seco e quente, com temperaturas elevadas, especialmente durante o dia, e noites mais amenas. A umidade relativa do ar tende a ser baixa, aumentando o risco das terríveis queimadas, em áreas de vegetação mais seca. Aos poucos os turistas estarão chegando por aqui, aquecendo o comércio local. A nossa expectativa é que não tragam tanta sujeira como nos anos anteriores, deixando para trás os rastros de seu analfabetismo ecológico. Nada que uma boa consciência ambiental não resolva. O lixo que você deixa caído pelo chão não fala, mas diz muito sobre quem você é.
Deus é bom o tempo todo! Esta é uma das frases que Deodato, meu amigo do sertão, costumava repetir nas boas conversas que tínhamos. Esta afirmação transmite com fidelidade a crença na bondade constante de Deus, independentemente das circunstâncias que podemos estar vivendo. É uma afirmação de confiança na providência divina e na capacidade de Deus prover-nos de coisas boas, mesmo em situações difíceis. Isso demonstra que a natureza divina inerente de Deus, que se faz esperança e fidelidade de sua presença constante em nossas vidas. Esta é uma verdade atestada pelo salmista quando diz: “Pois o Senhor é bom e o seu amor leal é eterno; a sua fidelidade permanece por todas as gerações”. (Sl 100,5) É a bondade de Deus que se confirma no fato de que Ele se alia ao povo, mantendo para sempre o seu amor incondicional e fiel.
Como o Filho amado de Deus, Jesus se alia aos pequenos, pobres e marginalizados, como os pagãos da região dos “Gadarenos”. Esta região é mencionada no Evangelho de Mateus, referindo-se a um local na costa oriental do Mar da Galileia, localizada a cerca de 10 km a sudeste do mar. Na época de Jesus, a região era predominantemente habitada por não judeus e fazia parte da Decápole. Esta região era também conhecida por sua cultura helenística e pela presença de não judeus. Ou seja, Gadara era uma cidade pagã que adotou a religião Greco-Romana, onde havia um templo dedicado ao deus Zeus. Na religião Romana, o animal sagrado era o porco, que após morto e oferecido, tinha a sua carne vendida nos mercados. É ali que Mateus relata a cura de dois homens possuídos por demônios, onde Jesus expulsou os demônios e os enviou para uma manada de porcos.
O porco era tido como um animal impuro pela cultura antiga. O historiador grego Heródoto (484-425 a.C.) escreveu que os egípcios consideravam o porco um animal “impuro”, uma vez que se alimentava de dejetos e excrementos. No Pentateuco, por exemplo, estava escrito com todas as letras que: “Deus proíbe Moisés e seus seguidores de comer porco porque ele divide a unha, mas não mastiga o gado”. Além disso, a proibição diz: “Da carne deles não comereis, e os seus cadáveres não tocareis; eles são impuros para vós”. (Lev 11,27) A Lei dada aos israelitas tinha vários propósitos importantes. O cumprimento das ações estabelecidas por Deus não precisava ser um simples ritual, mas a obediência à Lei demonstrava uma fé sólida em Deus e um temor saudável para com Ele. A Lei, que incluía a proibição de comer carne de porco, representava um sinal singular do privilégio que Israel recebia, diferenciando-o de seus vizinhos pagãos.
O texto proposto pela liturgia no dia de hoje da cura de endemoniado, aparece nos três Evangelhos Sinóticos (Mt 8,28-34; Mc 5,1-20 e Lc 8,26-39) Ambos os relatos descrevem Jesus atravessando o mar da Galileia para a região dos gadarenos e encontrando um homem possuído por demônios. Este homem vivia entre os túmulos e era muito forte, sendo dominado por uma “legião” de demônios. Jesus expulsa os demônios, que entram numa manada de porcos, levando-os a se afogarem no mar. Por sua vez, o homem liberto, agora em seu juízo perfeito, é instruído por Jesus a voltar para sua casa e anunciar o que Deus fez por ele. Entretanto, a multidão se assusta com a atitude de Jesus e com o ocorrido e pede que Ele saia da região: “Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles”. (Mt 8,34)
Estando em uma região onde predomina o paganismo, a intenção de Jesus é a de levar aos pagãos a nova história, que se inicia com a expulsão dos demônios. Esta grande novidade provoca o medo naqueles que estão já habituados com a alienação. Só quem conseguiu sair dela, por intermédio de Jesus, é que possui coragem para ser proclamador da Boa Notícia. No entendimento de Jesus ali naquele contexto, não existe limite de espaço e de tempo para acontecer a libertação daquilo que aliena as pessoas. É por este motivo que Ele insiste em realizar sua ação libertadora, mesmo que para isso tivesse que «invadir» áreas pagãs, consideradas propriedades do demônio. Por outro lado, a atitude dos que pedem que Jesus vá embora é a mesma de uma sociedade que valoriza mais a posse dos bens do que a libertação dos alienados e escravizados. Concluindo o raciocínio, podemos dizer que Deus quer que as pessoas vivam, e em plenitude! A sociedade que põe qualquer coisa acima da vida humana é aquela que rejeita Jesus e quer que as pessoas vivam em permanente alienação e sem buscar a sua libertação.
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