Quinta feira da Vigésima Segunda Semana do Tempo Comum. Já estou em “terras preláticas”. Rezei nesta manhã na cidade de Ribeirão Cascalheira, porta de entrada de nossa Prelazia de São Félix do Araguaia. É aqui que realizamos a Romaria dos Mártires da Caminhada. A próxima, a 8ª Romaria dos Mártires da Caminhada, será realizada nos dias 18 e 19 de julho de 2026, onde celebraremos os 50 anos do martírio do Padre João Bosco e outros mártires, como Margarida, Santana, Padre Rodolfo e Simão Bororo. A Romaria nos faz relembrar, honrar e dar continuidade às causas defendidas por esses mártires. “Ribeirão Bonito, cruz do Padre João! Alta Cascalheira, gente do sertão! O suor e o sangue, fecundando o chão!”
Estando aqui, já começo a me sentir em casa. Voltar para casa é tudo de bom! Sinto em meu coração um pouco da letra da canção mineira de um conterrâneo meu, que assim diz: “Não precisa ter, um pontinho preto no mapa, mas quando a gente se afasta, coração pede pra voltar!” Bem assim, quando se está distante do Araguaia e dos ventos que sopram ali. Já se vão 33 anos de cumplicidade com as causas indígenas, que abracei como minhas e, por/com elas quero descer ao chão sagrado deste Araguaia. Um dos caciques indígenas, já até reservou, em sua aldeia, o lugar que quer me ver descansar.
Chamados todos nós somos, para lutar pelas causas do Reino. Não estamos aqui, apenas para cumprir uma passagem irrelevante e insignificante. Cada um e cada uma, traz em seu coração, o selo do chamado de Deus, enviando-nos em missão para construir o Reino, nos caminhos da história. São múltiplas as causas que devemos abraçar, como forma de construir este Reino, onde a vontade de Deus esteja presente, correspondendo aos anseios dos pequenos.
É desta forma que Jesus pensou e agiu ao chamar os seus discípulos. O texto de Lucas reservado para a nossa reflexão hoje, assinala este primeiro chamado. Aliás, os três Evangelhos Sinóticos, fazem este registro do chamado de Jesus a seus discípulos: Mt 4,18-22, Mc 1,16-20 e Lc 5,1-11. Lembrando que os discípulos chamados por Jesus eram pessoas comuns e de diversas origens, como pescadores, um cobrador de impostos e um zelote, que foram escolhidos para segui-lo e se tornarem suas testemunhas, transformando-se em “pescadores de homens”, como é o caso de hoje, narrado por Lucas.
Escolhidos e chamados por Jesus, eles o acompanharam, foram instruídos e aprenderam com Ele e, após a ressurreição, foram empoderados pelo Espírito Santo para anunciar a Boa Nova do Evangelho, evangelizando as pessoas, como testemunhas vivas do Ressuscitado. Falavam do Reino, mas também com suas ações, davam continuidade às mesmas ações libertadoras de Jesus.
Gente simples, de origem humilde. Não detinham nenhum destaque social, político, ou estudos acadêmicos. Eram, em sua maioria, pescadores, como Pedro, André, Tiago e João. É neste clima de uma pescaria mal sucedida, que Jesus aparece e faz o convite específico à Pedro: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”. (Lc 5,10) De onde não se esperava nada, segundo a compreensão e o entendimento da classe religiosa daquela época, Jesus constitui a base de seu grupo.
Como se tratasse de pessoas de vida e hábitos simples, após serem chamados e ensinados por Jesus, a atividade deles passou a ser de anunciadores da Boa Nova do Evangelho, curando os doentes, “expulsando” demónios e testemunhando a vida, morte e ressurreição de Jesus, espalhando a proposta do Reino pelo mundo. Jesus chama seus primeiros discípulos, mostrando-lhes qual a missão reservada a eles: fazer com que as pessoas participem da libertação trazida por anunciar a Boa Notícia do Reino.
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