Segunda feira da 30ª Semana do Tempo Comum. Iniciando a última semana do mês missionário. Estamos atravessando o 300º dia de nosso calendário gregoriano. Em outras palavras, “trezentou”. Apenas 65 dias mais, e estaremos navegando em águas de um novo ano. Hoje é um dia especial para a literatura brasileira. No dia de hoje, o Estado de Alagoas nos dava de presente Graciliano Ramos de Oliveira (1892-1953). Romancista, cronista, contista, era considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira, como um grande escritor modernista. Certamente, é impossível que, dentre os leitores, haja alguém que não tenha lido “Vidas Secas”, uma de suas principais obras. Graciliano costumava dizer que, “Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta. Só a presença, não é necessário mais nada”. É esta presença distante dos amigos, que procuro trazer para junto deste escrevente, que a cada dia aqui rabisco.
Uma segunda feira em que procuramos fortalecer a nossa caminhada de fé, refletindo com a Palavra de Deus, que a liturgia nos propõe a cada dia. Seguimos com o evangelista São Lucas, que nestes dias tem narrado a caminhada de Jesus para Jerusalém, onde se manifestará e também realizar a sua missão salvífica. Ao longo deste caminho, Lucas mostra os ensinamentos de Jesus aos discípulos. Ao mesmo tempo em que eles são ensinados, são chamados a percorrer o mesmo caminho do Mestre, a partir de Jerusalém: “o Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão força para serem as minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os extremos da terra”. (At 1, 8). Recebendo o mesmo Espírito que guiou toda a missão de Jesus, os discípulos estarão preparados para testemunhar Jesus, continuando o que Ele começou a fazer e ensinar.
Nesta caminhada de Jesus rumo à Jerusalém, Ele teve vários embates com as autoridades religiosas personificadas pelos fariseus, saduceus, mestres da Lei e escribas. Os principais motivos de conflito foram por causa de Jesus, ter uma interpretação diferente da Lei, seu questionamento da hipocrisia religiosa e sua popularidade diante do povo, que ameaçava o poder e o status daquelas lideranças. No dia de hoje, a liturgia recorre a uma destas narrativas, com Jesus realizando um sinal de libertação na sinagoga, em pleno dia de sábado, provocando a indignação e a revolta do chefe da sinagoga. Diante desta reação, Jesus aproveita para reafirmar que o essencial da mensagem evangélica é o amor de Deus, presente em seu Filho, libertando a pessoa humana da Lei, que escraviza e não traz a liberdade desejada por Deus.
Este texto de hoje é especifico do evangelista Lucas, mostrando que o amor de Deus é absolutamente gratuito e não depende de lei alguma, sendo confirmado pela fala de Jesus: “o sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado”. (Mc 2,27-28) Ou seja, o sábado está a serviço da vida: para quem ama a Deus, deixar de fazer o bem, significa fazer o mal. Jesus faz questão de mostrar que o centro da obra de Deus é a pessoa humana, e cultuar a Deus é “fazer o bem sem olhar a quem”. Assim sendo, não se trata de estreitar ou alargar a lei do sábado, mas de dar sentido totalmente novo a todas as estruturas e leis que regem as relações entre as pessoas. Porque só é bom aquilo que faz a pessoa crescer, ser feliz e ter mais vida. Toda lei que oprime a pessoa é lei contra a própria vontade de Deus, e deve ser abolida.
No Antigo Testamento, o sábado é o sétimo dia da semana, estabelecido por Deus após a Criação como um dia de descanso, santificação e de lembrar-se de toda a criação de Deus. A observância do sábado é mencionada tanto no livro do Êxodo, quanto no Deuteronômio, como um mandamento, um sinal entre Deus e o povo de Israel. Era observado com a interrupção de todo o trabalho do pôr do sol ao pôr do sol. Sua observância era um mandamento central, instituído por Deus desde a Criação. Era um dia para se lembrar de Deus como Criador e buscar um relacionamento mais profundo com Ele.
O que Jesus realiza na sinagoga, contraria o pensamento tradicional do chefe ali presente, que tinha a função, como líder religioso, responsável pela administração e funcionamento da sinagoga, garantindo a manutenção das tradições judaicas. Mais do que a simples cura daquela pobre mulher, que sofria há 18 anos, Jesus realiza um ato pleno de libertação, permitindo que ela tivesse autonomia e pudesse agir e andar com as suas próprias pernas. Para Jesus o dia de sábado é expressão máxima daquilo que Ele realiza ao curar a mulher, permitindo-a, comemorar a sua libertação. Para tristeza do chefe da sinagoga, o povo se enche de alegria ao ver como o dia santificado é sinal da vida que Deus dá a cada pessoa, e não um dia de simples rituais obrigatórios pré-estabelecidos, sem levar em consideração que a vida vale mais do que qualquer lei. “Eu não faço mal a ninguém”, costumam dizer algumas pessoas. Diante desta afirmação, a pergunta que fica é outra: “e bem, fazem?”
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