Sábado da Décima Terceira Semana do Tempo Comum. O primeiro final de semana do mês sete. A garotada feliz ficará alguns dias fora da escola, da creche, na convivência com os seus pais. Mês de recesso e também de férias das atividades escolares. Aqui pelas bandas do Araguaia já teremos o primeiro final de semana de temporada de praia. Já é possível ver novas caras andando pela cidade de São Félix. Nos bons tempos de temporada, tínhamos por aqui o Festival Araguaia da Canção. Os tempos agora são outros. Muito comum se ver por estes dias, os sons estridentes vindos dos carros. Cada um com o seu mais alto que o do vizinho. Uma “qualidade” musical assustadora. Pior é eles acharem que todos à sua volta, querem ouvir aquele terrível “batidão”.
As manhãs tem sido frias nestes dias por aqui, ainda sem a presença do Astro que, ao dar as caras, diz quem manda no pedaço. É um sol para cada um ao longo do dia. Acordei ainda muito cedo e, de posse da minha inseparável bicicleta, dei um pulo na casa de Pedro, aproveitando para rezar ali a minha oração matinal. Trouxe comigo todos os amigos e amigas lá de fora, intercedendo por cada um deles e delas. Ao final, invoquei um pequeno trecho do Livro dos Reis, resumindo assim o meu estar ali: “Atende à oração do teu servo e ao seu pedido de misericórdia, ó Senhor, meu Deus. Ouve o clamor e a oração que o teu servo faz hoje na tua presença”. (1 Reis 8,28) O Deus libertador dos pobres e oprimidos, é o Senhor que protege a todos nós, desde os tempos mais antigos. Ausentei-me dali, levando comigo, um dos versos da poesia de Pedro: “Não terás outro escudo senão a força da Esperança e a Liberdade dos filhos de Deus, nem usarás outra luva que o serviço do Amor”.
Um sábado também especial pela data que ele comemora no dia de hoje: Dia Internacional do Cooperativismo. Este dia foi instituído no ano de 1923, no Congresso da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). O objetivo desta data importante é comemorar a confraternização de todos os povos ligados ao Cooperativismo, lembrando a importância das cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico, além de congregar lideranças cooperativistas do mundo todo. As pessoas de uma sociedade cooperativista se obrigam reciprocamente a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum para todos e todas. Cooperativistas são aquelas pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns. O bem comum, mais que um conceito, é um sentimento de pertença no esperançamento de uma vivência entre todos.
A justiça vem pela misericórdia e não pela prática de ritos piedosos ou normas religiosas. É assim que devemos olhar para o texto que a liturgia de hoje nos possibilita refletir. Mateus relatando uma pequena discussão entre os discípulos de João Batista e os discípulos de Jesus. Os primeiros, vem até Jesus e faz-lhe uma pergunta acerca do jejum: “Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?” (Mt 9,14) Importante salientar que este mesmo texto de hoje aparece também no Evangelho de Marcos (Mc 2,18-22) Para melhor entender o contexto da discussão deste texto de hoje, é necessário fazermos uma imersão no Antigo Testamento, mais especificamente nos profetas Oseias e Isaías (cf. Os 2, 18-20; Is 54, 5-6). Ali estão registrados os sinais da Antiga Aliança, que será renovada com a chegada do Messias esperado, inaugurando a Nova e eterna aliança entre Deus e o seu povo escolhido.
Jesus é este Messias esperado, o Verbo Encarnado. É a certeza de que Deus veio visitar o seu povo e estabelecer sua morada definitiva no meio dele. Os dias são de festa porque o noivo (Jesus) está presente nesta festa. Portanto, não faz sentido jejuar em meio à festa, cujo noivo ali está. Este foi o raciocínio desenvolvido por Jesus, na tentativa de convencer os seus indagadores: “Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles?” (Mt 9,15) Lembrando que no contexto do Primeiro Testamento, o jejum caracterizava o tempo de espera. Mas esse tempo já terminou. Chegou a hora da festa do casamento, isto é, da nova e alegre relação entre Deus e a humanidade. Jesus veio substituir o sistema da Lei antiga, rigidamente seguido pelos fariseus. A justiça que vem da misericórdia abre as portas do Reino para todos.
A justiça vem pela atitude generosa da misericórdia. A novidade trazida por Jesus vem mostrar que o amor de Deus vem para salvar a pessoa concreta e não para manter as estruturas que sugam a força das pessoas. Sem falar que o contexto do jejum também está ligado aquilo de que já falava o profeta Isaias: o jejum que agrada a Deus. “O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que deem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes”. (Is 58,7-8) Ou seja, o profeta Isaías descreve o jejum que agrada a Deus como aquele que liberta as pessoas da injustiça e as aproxima de quem precisa de ajuda, cuidado. Ele enfatiza que a verdadeira adoração a Deus envolve ações concretas de bondade e solidariedade. Em resumo, o jejum que agrada a Deus é aquele que nos leva a sermos mais semelhantes a Ele, praticando o amor, a justiça pela misericórdia e a humildade em nossas vidas diárias. “Quero a misericórdia e não o sacrifício”. (Mt 9,13)
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