Nelson Peixoto, Diretor de Liturgia da UNESER.
Chegou o dia combinado. Nada mais do que a vontade de estarmos juntos com uns amigos conquistados na rua e desertores de seus lares por decepção e tristeza.
“Alegra-te, Mariazinha! Agraciada és entre todas as mulheres! (Lc.1, 26 ).
“O Senhor fez em mim maravinhas”, cantou Maria, em
nome dos pobres e esquecidos, maltratados e feridos na vida. Estes caminham com ela e conosco e os desprezamos. Indiferentes passamos por eles, quase sempre os julgando preguiçosos, viciados e aproveitadores sem vergonha de pedir.
Nossa ceia vespertina não aconteceu num banco de cimento, feito mesa, que mais tarde será cama nesses dias de chuva e umidade noturna. A chuva “atrapalhou” planejado.
Difícil imaginar um “sono de justo” numa noite de desassossego com voos rasantes de morcego e os apitos distantes vindos dos vigias das casas!
Mas assim dormem nossos amigos que ainda teimam em cantar, esperar o amanhecer, dividir a pouca cachaça e recomeçar o dia.
Nessa ceia seríamos uns quatro.
Tinha na mochila um pequeno presépio rústico para começar a conversar sobre Jesus e o seu nascimento no frio e com o cheiro de curral.
Planejávamos rezar uma parte da Novena do Natal e anunciar a alegria dos anjos e dos pastores, cabendo a cada um sino na mão para dar uma volta na praça.
Depois, íamos badalar anunciando o Natal, Jesus nascido, crescido, morto e ressuscitado vivendo no meio dos pobres.
Esperei que chegassem para se aquietarem na parte de fora da quadra de esporte, que o telhado impede um pouco a chuva. Quadra que descobri onde a vizinhaça permite que usem o banheiro. Onde será que lavam as roupas? Se alguém os ajuda, vou saber.
Escurecia e já estava sem chuva, os meus convidados não chegavam. Resolvi entregar o frango assado, a farrofa e arroz que eu trouxe mais adiante e guardar um outro frango para o almoço do dia seguinte e procurar saber do desaparecimento.
Meu plano B seria levar para meu amigo sucateiro criativo.
Fui até ele, que arranjou uma moradora de rua para viver e não o encontrei. Deixei a sacola para encontarem e desapareci.
“O Senhor ergue do pó o homem fraco, e do lixo retira o indigente, para fazê-los assentar-se num lugar de muita honra e distinção” (Samuel)
O Natal afervora essa ESPERANÇA. “VEM, SENHOR JESUS!”
Hoje meu amigo Foguinho faz aniversario. Chamá se Antonio. Meu primo, Padre Toninho, tambem faz…
Domingo da Décima Primeira Semana do Tempo Comum. Abrimos espaço neste tempo litúrgico, para celebrar…
Sábado da Décima Semana do Tempo Comum. Enquanto as temperaturas despencam por este imenso Brasil…
Sexta feira da Décima Semana do Tempo Comum. Junho sextando em clima de festa e…
Às vezes,muitas vezes,não tenho nada pra fazer, então gosto de ficar na sacada do apartamento…
c Estou acostumado ver o mar em Ilhabela. Há 14 anos as filhas moram lá...volta…