26º Domingo do Tempo Comum. Último final de semana do mês da Bíblia, se despedindo aos poucos de nós. Dali a pouco, o mês dez, vem apontando no nosso horizonte visual. Aqui para nós, neste solo amazônico, a primavera se faz presente com toda sua força: novos brotos, folhagens, com as flores reinando, para a alegria também das abelhas e borboletas, no seu incansável rito de polinização. Ai se não fossem elas, para os pequenos agricultores da agricultura familiar. Para quem acha que o mel e o própolis, são as atividades mais importantes das abelhas, se esquecem da polinização, oportunizando os frutos renascerem. “Somos polinizadores da vida. Devemos aceitar que estamos em evolução; a raça humana continua adequando-se para o novo reinventar e sobreviver”, observou o compositor brasileiro Newton Ferreira de Mendonça (1927-1960).
28 de setembro, uma data importante, que funciona como um marco na nossa história colonial. No dia 28 de setembro de 1871, passou a vigorar a “Lei do Ventre Livre” no Brasil. Na mesma data, agora no ano de 1885, é a vez da “Lei do Sexagenário”. Ambas as leis, foram uma farsa forjada pelo colonizador. Que criança poderia ficar livre se sua mãe era uma escrava, e qual escravo chegava à idade de 60 anos, já que o período de vida de um escravizado, era de aproximadamente 7 anos, dados os maus tratos, os trabalhos forçados, conjugados com uma alimentação precária, servida ao negro escravo. Portanto, de nada serviram tais leis aos escravizados. Esta é uma leitura crítica que precisamos fazer sobre o período colonial brasileiro, sobretudo porque quem escreveu esta história foram os colonizadores e o fizeram do jeito deles, fundamentada em sua visão de mundo na época.
O período escravista no Brasil durou “oficialmente” cerca de 388 anos, indo de meados do século XVI (por volta de 1500, com a chegada dos portugueses) até 1888. Não é à toa que vivemos numa sociedade em que o racismo estrutural institucionalizado, está presente não apenas nas instituições, mas também na consciência rasa daqueles que não são capazes de enxergar outra realidade possível, já que não somos descendentes de escravos, mas de seres humanos escravizados, o que é muito diferente daquilo preconizado pela linguagem do senso comum. Vivemos numa sociedade classista, caracterizada pela divisão dos indivíduos em classes sociais distintas, com base em critérios como renda, poder aquisitivo, prestígio social e acesso a recursos, gerando o preconceito e a discriminação. Sociedade esta radicalmente contrária à proposta do Reino de Deus trazida por Jesus, da qual fala o texto do Evangelho lucano deste domingo.
O contexto é aquele de Jesus estando a caminho da cidade de Jerusalém, reta final de sua atividade messiânica, acompanhado pelos seus discípulos. Neste trajeto, Ele aproveita para desvendar para os discípulos, os mistérios do Reino de Deus. E, para facilitar o entendimento deles, faz uso da linguagem de parábolas, contando a historia de um homem (anônimo) rico e o pobre Lázaro. O rico não tem nome. Já o pobre coitado, tem nome e sobrenome, pois vive a mendigar aquilo que cai da mesa do rico abastado. Duas figuras contrastantes: um rico não identificado e um pobre chamado Lázaro. O nome Lázaro tem origem no hebraico “Eleazar” e significa “Deus ajudou” ou “Deus é meu auxílio”. Lembrando que esta parábola é exclusiva do evangelista São Lucas, já que os outros evangelhos não se referem a este episódio de hoje.
Um ensinamento de Jesus que, embora direcionado aos discípulos, o Mestre está se referindo diretamente aos fariseus, já que eles são os criadores daquela sociedade classista desigual, e amam o dinheiro e vivem em função dos bens materiais acumulados: “Os fariseus, que são amigos do dinheiro, ouviam tudo isso, e caçoavam de Jesus”. (Lc 16,14) Os fariseus, além de promoverem a sociedade da desigualdade, disfarçam a própria ambição com observâncias externas da Lei, mas não são justos diante de Deus, pouco se importando com aqueles “Lázaros” que vivem à margem daquela sociedade. Só que, com Jesus, chegou a plenitude da Lei e o Reino de Deus, e, para nele entrar, é preciso uma decisão: lutar por outra realidade possível de sociedade.
Como podemos observar claramente, esta parábola de hoje contada por Jesus, é uma crítica contundente à sociedade classista, onde o rico vive na abundância e no luxo, enquanto o pobre morre na miséria. Todavia, o problema central é o isolamento e afastamento em que o rico vive, mantendo um abismo de separação que o pobre, por mais que trabalhe, não consegue transpor. Para quebrar esse isolamento, o rico precisa se converter a uma sociedade de partilha, solidariedade e comunhão de bens. Entretanto, nada o levará a essa conversão, se ele não for capaz de abrir o coração para a palavra de Deus, o que o leva a voltar-se para a realidade concreta do pobre, vendo-o a partir da proposta do Reino de Deus. Os destinatários primeiros do Reino são os mais pobres, é por este motivo que, como seguidores e seguidoras deste Jesus, devemos lutar pela transformação social profunda, para criar uma sociedade onde haja partilha de bens entre todos. “Se não vejo o pobre na porta da igreja, não o verei no cálice”, já nos dizia o arcebispo de Constantinopla, São João Crisóstomo. Vai dizer isto aos lideres religiosos, com suas vestimentas cheias de ostentação e de pompa ornadas com as rendas da vovó.
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