OS ANJOS DA MANHÃ NO DIA DAS MISSÕES, por NELSON PEIXOTO

Pequenas nuvens brancas no azul do céu de Manaus cobriam a cidade. Minha imaginação voava também como elas.

O vento era brando e o DOMINGO DAS MISSÕES era uma inspiração. Os “anjos” do céu pareciam ressoar a palavra de Jesus: “Ide e Anunciai, curai e consolai … porque o Reino está no meio de vocês”.

Baixar do Céu, sair dos templos, caminhar com Jesus e ouvir os que gritam à beira dos caminhos ou nas praças. Reverberar as palavras de Bartimeu “Jesus, tem pena de mim”.

Como Bartimeu, temos com ele a necessidade de ver e de expandir o olhar para além de nossa consolação espiritual contida na Liturgia, mas para completá-la. Sim, a raiz grega nos sinaliza que é o “povo (laos) em trabalho” (ergon).

Assim, temos certeza de que o missionário vive Liturgia no caminho, nos ambientes da vida onde o clamor dos Bartimeus estão abafados.

A benção é que Jesus repete com insistência: “Deixa-o vir”.

E nós que O acolhemos, sabemos até identificar que quem nos envia também está no acolhido em nome da Missão.