Sábado da Décima Sétima Semana do Tempo Comum. Entramos no primeiro final de semana deste mês especial para a Igreja Católica. Em agosto, a Igreja Católica no Brasil, dedica o mês inteiro à reflexão e oração sobre as vocações. Durante este período, são celebradas e lembradas as diferentes vocações dentro da comunidade cristã: presbiteral/diaconal, matrimonial, religiosa e leiga/catequistas. Trata-se de um momento para refletirmos sobre o chamado de Deus em nossas vidas, e assim rezarmos pelas diferentes vocações. Por se tratar do “Mês Vocacional”, ao longo dele vamos rezando pelas vocações que estão dentro da caminhada de Igreja. Para este ano de 2025, o tema é “Peregrinos porque chamados”, com o lema: “A esperança não decepciona porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5).
O discernimento vocacional é sumamente importante para que possamos descobrir e escutar o chamado de Deus e procurar seguir na vida cotidiana, dando prosseguimento à missão que cada um é chamado a executar nesta vida. Cada um e cada uma que estão aqui nesta vida, tem uma missão a cumprir. É por este motivo que o mês de agosto foi escolhido como o Mês Vocacional para incentivar o discernimento vocacional, ajudando as pessoas a entenderem o chamado de Deus para suas vidas e a responderem a ele com generosidade, espirito de entrega e doação, seja na vida presbiteral, religiosa, matrimonial ou leiga. Muitos de nós ainda acham que vocação diz respeito aos padres, bispos e a vida consagrada (religiosos/as), sendo que a vocação mais importante é a dos leigos, pois sãos eles que sustentam toda a caminhada da Igreja, embora não sejam assim vistos por uma postura clerical hierárquica, presente dentro da Igreja.
“Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu”. (Mt 5,10). Esta é a antífona que antecede o Evangelho de Mateus, proposto para a nossa reflexão no dia de hoje. Faz sentido, porque a temática central do texto de hoje é justamente a palavra-chave “perseguição”. Perseguição por causa da justiça. De tão importante que é para a vida cristã, ela está presente nos Evangelhos como uma bem-aventurança. Lembrando que as bem-aventuranças são o anúncio da felicidade, porque proclamam a libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Estas tornam presente no mundo, a justiça do próprio Deus. Justiça para aqueles que são inúteis ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime.
Justiça seja feita! São perseguidos por que lutam pela justiça para os injustiçados. É desta forma que os seguidores de Jesus precisam encarar a sua missão neste mundo de lutar para que a justiça seja feita aos menos favorecidos. Os que buscam a justiça do Reino são os pobres, os pequenos, os marginalizados, que vivem sufocados e sobrecarregados no seu anseio pelos valores que a sociedade injusta rejeita. Os pobres sabem que Deus é partidário deles e, desta forma, eles têm necessidade de Deus, pois só com Deus esses valores podem vigorar, surgindo assim, a nova sociedade para os que lutam por ela.
Os que buscam a justiça do Reino precisam estar cientes e preparados, pois como o texto bíblico mesmo disse: “No mundo haveis de ter perseguição”. Trata-se de uma adaptação da passagem do evangelista São João 16,33, que assim se manifesta: “No mundo, tereis aflições; mas tenham coragem, eu venci o mundo”. Como podemos observar, tal passagem refere-se à realidade de que a vida cristã no mundo será marcada também por dificuldades e sofrimentos, mas que Jesus, o Cristo, com a sua Ressurreição, trouxe para nós a vitória sobre todo tipo de mal, oferecendo-nos a esperança e coragem para enfrentar as adversidades e desafios que na vida teremos. Os que lutam pela justiça enfrentarão perseguições e muitas tribulações, mas não devem perder a esperança, pois Jesus já venceu o mundo e oferece-nos a força para perseverar. Lutar pela justiça como direito para superar o direito da força. Como bem observou o filósofo francês Blaise Pascal (1623-1662): “A justiça sem a força é impotente, a força sem justiça é tirana”.
Mateus hoje nos retrata a morte do Profeta Precursor João Batista. Uma morte brutal, daquele que veio anunciar o Messias, preparando seus caminhos. Entretanto, a morte de João já prenuncia a morte de Jesus. Um sanguinário ditador, corta a cabeça do Batista e, posteriormente, vai participar diretamente na morte de Jesus. No banquete da elite do poder, a cabeça de João é oferecida como prêmio numa bandeja, satisfazendo os caprichos de um rei sanguinário. A morte de Jesus não será diferente, arquitetada pelos religiosos, em conluio com os dirigentes políticos. Tanto João Batista quanto Jesus, representam uma ameaça à ordem vigente, por apresentarem uma nova sociedade, em que os valores da justiça, do amor, da fraternidade, estão em consonância com o Reino de Deus. “A força do direito deve superar o direito da força” (Rui Barbosa), pois o amor incondicional de Deus faz-nos lutar pela justiça incondicional para todos.
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