Quarta feira da 25ª Semana do Tempo Comum. A primavera chegou, distribuindo o perfume das flores e o colorido do encanto delas. Tudo ficou ainda melhor depois da chuva que despejou com vontade suas águas sobre o nosso Araguaia. A algazarra dos pássaros em meu quintal, nesta manhã, prova a alegria deles, ao ver de volta o bom ar para respirar. Nossos pulmões agradecem. A fumaça deu uma trégua. As árvores se vestindo com novas roupagens, mostrando assim a dinâmica da natureza. Isto fez lembrar-me dos meus primeiros anos de estudos, quando tomei contato com a célebre frase do químico francês Antoine-Laurent de Lavoisie (1743-1794): “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
24 de setembro, um dia após o Presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, proferir de forma brilhante, o seu discurso de abertura da 80ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, cujo tema é “Melhor juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos”. As grandes lideranças mundiais reunidas, num momento decisivo para renovar o compromisso global com o multilateralismo, a solidariedade e a ação conjunta em prol das pessoas e do planeta. Quiçá, desta assembleia, possam sair decisões afirmativas e verdadeiras, para devolver a paz ao mundo, diante do genocídio covarde e desumano, que acontece na Faixa de Gaza, contra a população Palestina. Palestina Livre! Este é o grito que deve ecoar de nossos corações, diante do massacre de mulheres e crianças inocentes.
Uma quarta feira em que somos instigados a refletir sobre a categoria de dois tipos de pessoas que fazem parte da nossa caminhada de Igreja: discípulos e apóstolos. Parece uma só realidade, mas existe uma distinção importante a se fazer. Discípulos são aqueles que, no entendimento de Paulo Freire, são os “aprendentes”. Na compreensão bíblica do Novo Testamento, são aqueles que seguem e aprendem com Jesus, enquanto os apóstolos são discípulos que foram “enviados” por Jesus para darem continuidade a sua missão. Na Bíblia, a diferença entre discípulo e apóstolo é que um discípulo é um seguidor de Jesus, enquanto um apóstolo é um mensageiro ou enviado escolhido por Jesus para seguir adiante com a sua proposta do Reino. Todo apóstolo é um discípulo, mas nem todo discípulo se torna um apóstolo. O grupo de Jesus, formado pelos Doze Apóstolos, escolhidos por Ele, eram discípulos que receberam autoridade especial e foram enviados para serem testemunhas fieis do Ressuscitado.
É desta forma que o texto escolhido pela liturgia para a nossa reflexão desta quarta feira, apresenta o grupo de Jesus sendo enviado: “Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos”. (Lc 9,1-2) Foram escolhidos, chamados/preparados, comissionados e empoderados diretamente por Jesus, para uma missão específica, enquanto discípulos eram simplesmente seguidores que buscavam aprender com Ele. Primeiramente Jesus escolhe alguns deles, chama e os preparam para executarem bem a missão a que foram direcionados: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas”. (Lc 9,3)
A execução da missão é muito mais importante que a exibição de projetos pessoais, regados à disputa de poder, ostentação e o desfile de vaidades. O projeto do Reino, não combina com a ostentação. Seguir a Jesus requer o afastamento do consumismo e da ostentação, pois o que deve estar no centro das atenções e atividades do seguidor é a proposta do Reino, de justiça, paz, igualdade, fraternidade e partilha. Quem se coloca nesta mesma dinâmica dos apóstolos de Jesus, precisa estar ciente de que este não estará divulgando a si mesmo, mas a proposta de Jesus que é fazer o Reino acontecer no aqui e agora. A salvação trazida por Jesus não é só para você e eu. Jesus veio para salvar pessoas de todas as nações, de todas as culturas e de todas as épocas. E Ele nos escolhe para sermos os mensageiros dessa Boa Notícia: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade”. (Mc 16,15)
O texto lucano de hoje mostra, de forma clara e objetiva, o segundo passo da vida do discipulado de Jesus. Eles e também nós, somos enviados para continuar a mesma missão de Jesus. A característica central desta missão consiste em provocar a mudança radical da orientação de vida (conversão), desalienar as pessoas, libertando-as de todas as forças que as oprimem. Promover ações que devolvam a vida humana (curas). Para o bom desempenho desta missão, devemos estar livres e desapegados, ter bom senso e estar conscientes de que a missão vai provocar choque com os que não querem as transformações necessárias. Confesso que não entendo, qual é a parte desta perícope de hoje, que algumas lideranças religiosas do nosso tempo não entenderam, pois estamos convivendo com um verdadeiro desfile ostensivo de roupas e vaidades, numa necessidade exagerada de serem vistas nas redes digitais, com as suas performances equivocadas. “Vanitas vanitatum et” – “vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. (Ecle 1,2)
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