Um dos fascínios da educação, da arte de lecionar e de oferecer melhores perspectivas ao próximo, é o mistério do tempo que fica eternizado na memória do educando.
Vale recorrer à lembrança dos primeiros professores da escola primária e mesmo aos primeiros ensinamentos que vieram de mães e pais.
Seguramente as lições de vida também se eternizam e ganham a mesma dimensão misteriosa de sempre presente, vívidas. Em muitos casos, uma memória tão viva que se “pode tocá-la”, se “pode ouvi-la”.
Mas, isso já seria adentrar ao mundo da paranormalidade o que não é o caso no momento, até porque a lembrança de um amigo tão especial quanto o Padre Libardi, transcende a qualquer explicação.
Basta a memória do caminhar juntos, pelas alamedas do seminário, em grupos rezando o terço, na arquibancada torcendo pela garotada ou nas aulas de catequese.
Hoje dia 9 de abril, dia que fazemos memória vívida, desse grande amigo e formador Redentorista. Transpôs os umbrais da normalidade e formava, orientava não apenas seminaristas, mas a toda e qualquer pessoa que dele se aproximava.
Tinha o “dom”. O dom da amizade, o dom da sensibilidade, o dom da fraternidade, o dom da missão: formar cristãos!
Sempre se soube que era um ser especial e diferenciado em seu tempo e com olhar no futuro. Sua sensibilidade dizia que os que seguissem a vida religiosa estariam bem dentro da Congregação, mas lhe preocupava os que estariam “fora” da Congregação. Por isso, idealizou e inspirou algo que mantivesse os de vocação leiga para uma unidade fraterna.
Tendo alcançado esse objetivo se eternizou na memória de centenas de pessoas, quiçá milhares delas que encontraram nele o educador e formador sempre presente.
Aliás, como continua sendo pelos tempos futuros.
Sua benção, Padre Hélio de Pessato Libardi, CSsR.