Maria, Mãe de Deus. O Novo Ano, iniciando de forma “bissexta”. 2024 terá esta peculiaridade astronômica. Serão, ao todo, 366 dias pelo Calendário Gregoriano, com o mês de fevereiro com um dia a mais (29). Tal fato ocorre a cada quatro anos para ajustar o ano civil ao ano trópico, que é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol com, precisamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.

Sempre que participamos da virada, trazemos no peito, um coração cheio de expectativas e uma mente povoada de boas intenções, que vão sendo pulverizadas ao longo do ano nos comportamentos relapsos e indiferentes de alguns de nós. A melhor forma de encarar os 366 dias que virão é sermos nós a mudança que queremos ver no mundo.

Oportunidades para sermos o melhor que podemos dar de nós, não nos faltam, já este que este é o Dia Mundial da Paz, conjugado com o Dia da Confraternização Universal. O Dia Mundial da Paz é uma das datas comemorativas estabelecidas pela Igreja Católica e celebrada anualmente no primeiro dia do ano. Como o próprio nome já sugere, o Dia Mundial da Paz tem como propósito promover a paz. A paz é fruto da justiça! Todo ato de injustiça e desamor é contrário ao sonho de Deus para nós.

Paz! Muito mais que um sentimento, são as atitudes proativas que contam. Ninguém, em sã consciência, deseja a guerra. A paz começa dentro de nós e se expande para além das nossas atitudes e desejos, ao contrário dos artífices da guerra que as arquitetam, mas eles mesmos, não se apresentam nos campos de batalha. São sempre os inocentes que pagam esta conta macabra. Gosto de pensar com Pablo Neruda e sua atitude poética: “Os poetas odeiam o ódio e fazem guerra à guerra”.

“A guerra, qualquer guerra, é sempre uma derrota”, diz-nos o Papa Francisco. No dia em que a liturgia nos propõe refletir sobre a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, estamos diante da “Senhora da Paz”. Ela que passou por todas as tribulações possíveis, desde o momento da concepção até o dia de ver aquele que gerou em seu ventre, pendurado numa cruz como um malfeitor. Quanta dor não passou o coração desta pobre Mãe que viu o seu Filho passar pelas tramas da guerra contra si, de pessoas de dentro do “espaço do sagrado”!

“Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração”. (Lc 2,19) A escolhida por Deus para fazer parte de seu plano de amor e libertação do povo pobre, soube manter-se serena e obediente à vontade de Deus. A Mãe de Jesus que se transformara na Mãe de Deus e nossa. A senhora de todas as horas, que caminha conosco pelas estradas da vida, fortalecendo a nossa caminhada. Maria de Deus! Maria da gente! Seja presença viva na nossa descrença! Ajude-nos a sermos fiéis aos planos de Deus, sobretudo na nossa desesperança e nas nossas provações. “De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome”.