Segunda feira da Décima Nona Semana do Tempo Comum. A comunidade religiosa feminina das Irmãs Clarissas, começando a semana em festa. É que neste dia 11 de agosto, a liturgia celebra a memória de Santa Clara de Assis (1193-1253). Uma freira italiana do século XIII, conhecida por ser a fundadora da ordem religiosa feminina das Clarissas, seguindo os ensinamentos de São Francisco de Assis, com quem encontrou em 1212, quando tinha apenas dezenove anos. Ela foi a primeira mulher a escrever uma Regra, obtendo a aprovação do Papa Gregório IX. Foi canonizada no ano de 1255, pelo Papa Alexandre IV. Santa Clara faleceu no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade. Ela é considerada padroeira da televisão, e também protetora dos deficientes visuais, das lavadeiras e dos vidraceiros.

“Nunca perca de vista o seu ponto de partida”, afirmava Santa Clara de Assis. É assim que devemos reiniciar esta semana, com foco num recomeço, onde estejamos firmes e fortes, seguindo os nossos propósitos no campo da fé. A esperança é que norteia o nosso olhar, pensar e sentir, para que assim possamos trilhar os caminhos que nos levam às realizações. Acreditar sempre que somos capazes de fazer o novo de novo! Caminhar firmes, acreditando em Deus e pisando no chão da história que vamos construindo, inspirando-nos, quem sabe, nas palavras ditas pelo profeta Jeremias: “Conheço meus projetos sobre vocês, diz o Senhor: são projetos de felicidade e não de sofrimento, para dar-lhes um futuro e uma esperança”. (Jr 29,11) Os tempos de crise e grandes dificuldades, mas também tempos de expectativa e de esperançar.

Uma data também importante para a educação brasileira. Nesta segunda feira, 11, é comemorado o Dia do Estudante. Uma data para lembrar a importância do estudo na vida de cada cidadão/ã. A comemoração desta data ocorre desde 1927, juntamente com o Dia do Advogado. A nossa “Constituição Cidadã” (CF/1988) diz claramente no Art. 205 que: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” No dia do estudante, trabalhemos juntos por uma educação que ajude a formar uma sociedade sólida e com senso crítico além de formar profissionais qualificados.

Apesar do Dia do Estudante ser comemorado desde 1927, a origem desta data remonta a 100 anos antes, quando Dom Pedro I, então Imperador do Brasil, inaugurou em 11 de Agosto de 1827, os dois primeiros cursos de ensino superior do país, nas áreas de Ciências Jurídicas e Ciências Sociais nas faculdades de Direito de São Paulo (atual Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo) e de Olinda (atual Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco). A importância da educação na vida de nossos estudantes, para que estes possam conquistar a sua cidadania, apropriando do conhecimento, acreditando no pensamento do filósofo grego Sócrates: “Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância”.

Iniciamos a semana refletindo com o Evangelho de Mateus, em que Jesus está comunicando aos seus discípulos o anúncio de sua Paixão, Morte e Ressurreição. Por diversas vezes, Ele fez este comunicado, como podemos ver nos Evangelhos de Mateus 16,21-23, Marcos 8,31-33, Lucas 9,22-27, e João 18,1-19,42. Como podemos ver, estes trechos descrevem a previsão da Morte e Ressurreição de Jesus, acompanhado de sua prisão, julgamento, crucificação e sepultamento. Ou seja, Jesus não engana seus discípulos, acerca do futuro que o aguardava, para tristeza e desapontamento de seu discipulado. Desta vez, o texto de Mateus diz que Jesus estava reunido com os seus discípulos na Galileia.

No tempo de Jesus, a Galileia era uma região bastante diversificada ao norte de Israel, sob o forte domínio romano. Era administrada por Herodes Antipas e tinha uma população constituída de judeus e gentios. Estes gentios eram aquelas pessoas que não pertenciam ao povo judeu e nem eram considerados parte da nação judaica, pois não eram descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Ali Jesus Diz: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23 Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. (Mt 17, 22-23) Descreve com todas as letras, qual é o verdadeiro significado de sua missão: dar a própria vida e ressuscitar. Os discípulos ficam muito tristes, porque ainda não compreendem o significado da morte como forma de gerar a vida. Enquanto isso surge uma celeuma com os cobradores de impostos que acusam o grupo de Jesus, de não pagar o imposto devido ao Templo. Para evitar escândalo, Jesus aponta uma forma de pagar o tal imposto, para ficar livre daquela gente. “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. (Mt 22,21; Mc 12,17 e Lc 20,25)