Assim dou nome ao dia 26 de outubro. “Quodvultdeus” (*) é quase certo a celebração da morte e da vida perene do santo que trouxe esse nome ou assim se chamou.

Meu pai José nasceu nesse dia 26 e com esse nome foi batizado. “MUITO QUERIDO POR DEUS,”, assim como todos nós que buscamos realizar o desejo de Deus, revelado por Jesus”.

Nascido no nomadismo ao norte da África, tornou-se Bispo muito próximo de sua gente, vivendo nos anos 400 depois de Cristo. Viveu encarnando na sua cultura aproximando-a e revivendo a história de sua fé, meditando em outro José, o pai social do filho querido Jesus em companhia de sua amada esposa Maria e nossa Mãe.

Para lá refugiou-se São José para cumprir o desejo de Deus Pai para cuidar do menino no plano da Redenção.

O caminho de São Quodvultdeus foi inverso. Do norte da África foi refugiar-se ou exilado em Nápoles.

Destaco sua admirável meditação ao contemplar o motivo assassino da fuga de São José. Ao ler um dos seus profundos escritos podemos extrapolar e perceber na insistência do “caminhar juntos” do Papa Francisco, a abertura sinodal e ecumênica através da afirmação do Santo Querido Por Deus:
“Ainda não falam e já proclamam o Cristo”.

Embora refira-se aos Santos Inocentes mortos a mando de Herodes, aplicam-se aos refugiados de hoje que querem encontrar a vida em abundância de direitos tão querida por Deus, juntando-se à nossa caminhada cristã.

Obs. O aniversário do meu pai levou-me a essa meditação.

NELSON PEIXOTO, Diretor de Liturgia da UNESER e missionário leigo em Manaus.

(*) NOTA DA EDITORIA: Quodvultdeus (Cartago, final do século IV – Nápoles, 454), era bispo e santo berbere, bispo de Cartago na época da invasão dos vândalos de Genserico e depois refugiado em Nápoles. Ele é reverenciado como um santo pela Igreja Católica.