Sexta feira da Oitava da Páscoa.

Francisco (Chico) Machado. Missionário e escritor.

O centro da nossa celebração litúrgica é o mistério da Ressurreição de Jesus. Para o cristão seguidor de Jesus, esta não é uma especificidade apenas deste período litúrgico, uma vez que a Páscoa de Jesus deve acontecer todos os dias na nossa vida. Todavia, por ser o período da Oitava da Páscoa, as leituras do Evangelho centram nos relatos dos encontros com o Cristo Ressuscitado e nas experiências que os primeiros seguidores e seguidoras tiveram com Ele. Um tempo especial em que somos convidados a mergulhar-nos no mistério Pascal de Cristo e fazer da nossa vida uma contínua Páscoa, renovando nossas esperanças no Senhor.

Jesus Ressuscitado caminhando ainda com os seus discípulos, estimulando-os a não perder a esperança diante do contexto da aparente morte d’Ele. Desta vez à beira do mar de Tiberíades. Aliás, esta localização recebe várias denominações nas passagens bíblicas do Novo Testamento: mar da Galileia para Mateus (Mt 4,18); lago de Genesaré para Lucas (Lc 5,1) e também mar de Tiberíades pra o Evangelho de João (Jo 6,1) que a liturgia nos reservou para a meditação no dia de hoje. (Jo 21,1-14)

Jesus aparece de surpresa no meio dos seus discípulos que tentavam dar continuidade às suas vidas de rotina, com os seus afazeres diários. No caso, os pescadores voltando a pescar. Jesus se coloca no meio deles, mesmo sem ser reconhecido. Lá pelas tantas, João dá a boa nova à todos, anunciando a presença do Cristo Ressuscitado: “Então, o discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor!” (Jo 21, 7) É o Senhor. Enxergar e reconhecer Jesus é um gesto que brota do coração que ama e se abre em esperança de Ressurreição. Ver e enxergar, não como na experiência do filósofo italiano Maquiavel (1469-1527): “Todos vêem o que você parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é”.

“É o Senhor!” É o “Kyrios”! Palavra de origem grega, que traz o significado de “Senhor”, “Mestre”, se referindo a Deus ou Jesus entre os cristãos gregos, utilizada na tradução da “Septuaginta”, que era a versão da Bíblia hebraica traduzida para o grego. É o Senhor, que também aparece como o Cristo significando redentor, messias da tradução latina “Christu”, derivado do grego “Khristós”, que significa “ungido”, que por sua vez deriva do hebraico “Mashiach” que significa “Messias”. Por fim, na tradução literal, a palavra “yeshua” que quer dizer “salvar”. Jesus salva. É o Senhor que veio nos Salvar. Em Jesus, Deus nos salva!

Somente através de uma experiência de fé profunda podemos fazer sintonia com este mistério salvífico de Deus na pessoa de Jesus. Não importa a denominação se “Kyrius”, “Khristós” ou “yeshua”, mas a certeza de saber que em Jesus está presente a força do Deus libertador que caminha com os seus pelas estradas da vida. É o Senhor! É o mesmo Senhor que apareceu aos discípulos as margens do mar de Tiberíades aparecendo em nossa realidade de hoje, mostrando o caminho pelo qual devemos seguir adiante.

João, o discípulo amado, reconhece Jesus que ali está no meio deles. Mais uma vez, o Senhor é reconhecido na “partilha do pão”. Pão e peixe, repartidos como sinal da presença viva d’Ele. Não foi sem razão que os primeiros cristãos utilizaram da simbologia do peixe para identificarem-se uns com os outros, sem serem perseguidos pela truculência do Império Romano. Além de desenharem no chão um peixe, eles escreviam a sugestiva frase: “Iesus Christus Theou Yicus Soter”, que traduzida quer dizer “Jesus Cristo, de Deus o Filho Salvador”.

A experiência da cruz de Jesus culminou na sua Ressurreição. Ele está vivo! É o Senhor! Ele está no meio de nós!. Sua morte não foi em vão. A vida segue triunfante, pois foi assim que Deus nos criou. No sonho mais lindo de Deus, cheio de amorosidade, ternura e compaixão, Ele nos criou para a plenitude da vida. Não nos criou para sofrer, mas para viver. Somos discípulos e discípulas do Ressuscitado. A nossa força maior é Ele que habita o nosso coração. Certamente teremos muitas dificuldades, desafios, obstáculos pela vida, mas nada deles são maiores que a presença de Jesus em nós e o esperançar de Deus com o seu Reno. Aqueles e aquelas que agem sem estar unidas à pessoa e missão de Jesus (“Kyrius”, “Khristós” ou “yeshua”), continuarão nas trevas da ignorância e não produzirão frutos, pois trabalham sem perceber a presença do Ressuscitado em suas vidas.

João, o discípulo amado, reconhece Jesus que ali está no meio deles. Mais uma vez, o Senhor é reconhecido na “partilha do pão”. Pão e peixe, repartidos como sinal da presença viva d’Ele. Não foi sem razão que os primeiros cristãos utilizaram da simbologia do peixe para identificarem-se uns com os outros, sem serem perseguidos pela truculência do Império Romano. Além de desenharem no chão um peixe, eles escreviam a sugestiva frase: “Iesus Christus Theou Yicus Soter”, que traduzida quer dizer “Jesus Cristo, de Deus o Filho Salvador”.

A experiência da cruz de Jesus culminou na sua Ressurreição. Ele está vivo! É o Senhor! Ele está no meio de nós!. Sua morte não foi em vão. A vida segue triunfante, pois foi assim que Deus nos criou. No sonho mais lindo de Deus, cheio de amorosidade, ternura e compaixão, Ele nos criou para a plenitude da vida. Não nos criou para sofrer, mas para viver. Somos discípulos e discípulas do Ressuscitado. A nossa força maior é Ele que habita o nosso coração. Certamente teremos muitas dificuldades, desafios, obstáculos pela vida, mas nada deles são maiores que a presença de Jesus em nós e o esperançar de Deus com o seu Reno. Aqueles e aquelas que agem sem estar unidas à pessoa e missão de Jesus (“Kyrius”, “Khristós” ou “yeshua”), continuarão nas trevas da ignorância e não produzirão frutos, pois trabalham sem perceber a presença do Ressuscitado em suas vidas.