São, talvez, como as estrelas no universo: incontáveis. São narrativas da natureza humana, carregadas de esperanças, sofrimentos, superações e muita crença no que é, hoje, invisível aos olhos. Para essas tantas “estrelas” que caminham pelo mundo, em particular, no Brasil e nesses dias de outubro, de modo especial, caminhando em direção a uma cidade no Vale do Paraíba, estado de São Paulo.

Em outras tantas cidades, vilas, lugarejos, outra multidão incontável (pelo censo) se reúne em prece.

São preces simples umas, elaboradas outras, religiosas muitas. Todas em comum com um sentido que engloba a todas as manifestações teológicas ou não, mas com algo muito em comum… a crença, a fé no consolo materno.

As rotas que levam até a cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, registram a fé crescente de muitas sociedades, em busca do lenitivo consolo da Mãe de Jesus, o Cristo ressucistado.

O sentido da fé dessas multidões intriga teólogos e estudiosos das ciências da religião. Esses buscam entender sobre os mistérios que fortalecem a fé do povo, seu sentido comum e sempre crescente.

A Comissão Teológica Internacional do Vaticano, assim descreve o “Sensus fidei”:  “…os fiéis têm um instinto para a verdade do Evangelho, o que lhes permite reconhecer quais são a doutrina e prática cristãs autênticas e a elas aderir. Esse instinto sobrenatural, que tem uma ligação intrínseca com o dom da fé recebido na comunhão da Igreja, é chamado de sensus fidei, e permite aos cristãos cumprir a sua vocação profética.

Mais adiante, o próprio Papa Francisco acrescenta uma narrativa fundamental: … o Papa Francisco citou as palavras de uma senhora idosa humilde, que ele havia encontrado certa vez: “Se o Senhor não perdoa tudo, o mundo não existiria”.

Ao que ele concluiu: “Essa é a sabedoria dada pelo Espírito Santo”. A intuição dessa mulher é uma manifestação marcante do sensus fidei, que, ao mesmo tempo, lhe permite algum discernimento no que diz respeito às questões de fé, nutre a verdadeira sabedoria e suscita a proclamação da verdade, como neste caso.

É, portanto, claro que o sensus fidei representa um recurso vital para a nova evangelização, que é um dos principais compromissos da Igreja de hoje”, concluiu o nosso Papa Francisco. (1)

A seguir, adicionamos algumas manifestações da nossa gente, fiel ao costume de louvar a Deus e reconhecer Nossa Senhora como a que nos ensina as coisas simples da fé: caminhar e rezar em comunhão com a Igreja.

A foto a seguir não tem “valor teológico”, mas tem para a família e amigos, a certeza da graça alcançada pelo jovem Deivide. Curado de um câncer ele se comprometeu a levar uma vida de peregrino anual e a levar uma vida cristã com os familiares de maneira muito especial.

Deivide na Rota da Luz

A silhueta, ao redor do corpo, em destaque, não teve arranjos de edição ou qualquer outro tratamento infográfico que pudesse interferir nela.

Assim, certamente,  outras tantas estrelas que brilham na “sala dos ex-votos” de tantas e quantas Basílicas pelo mundo. É o “sensus fidei” do povo leigo que se dirige ao encontro da Mãe do Salvador, do Cristo Redentor.

Para esse contingente de milhões de fiéis apenas conta a verdade de fé: “Maria vive, Viva Maria!

 

fontes:

(1)http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/cti_documents/rc_cti_20140610_sensus-fidei_po.html

(2) foto: Edna Alves Oliveira