Sonhei com a maior das Graças.

Queria ver, naquele recinto celeste, salpicado de nuvens, a presença eucarística de Jesus.

Nelson Peixoto. Diretor de Liturgia da UNESER.

A certeza do ícone de Nossa Senhora das Graças, do bairro que moro, já estava lá a nos olhar, e com as mãos estendidas trazendo a realidade da fé, a presença d’Aquela que nos trouxe o Redentor de toda a gratidão, das Graças em multidão.
O Filho Amado de Maria de Nazaré, a cheia de Graça, porque Deus estava com ela para repartir conosco o Espírito de Deus e ser o refúgio e a companheira providente e presente durante a viagem desta vida, do nascer ao morrer.
Estou escrevendo diante do pequeno Santuário de Nossa Senhora das Graças, erguido no amplo e arborizado terreno onde se alojam os idosos vulneráveis de Manaus. Lugar que nesta pandemia ficou sobre a proteção de Maria, pois as visitas cessaram, o Coronavírus, no primeiro surto, levou a muitos para Deus. Após reação inteligente da gestão, tanto médica quanto de pessoal, conseguiu debelar o vírus e poupar novas vítimas. Nossa Senhora das Graças, da Saúde e da Alegria, está sinalizando que esse território de vidas cansadas são amadas e nos importam para acompanhar e celebrar.
Neste dia de Nossa Senhora das Graças, recordamos a vida dos idosos que faleceram durante a pandemia. Na parede, ao lado da imagem de Maria, estão gravados os nome de cada um, e sob seus pés estão os restos mortais, as cinzas daqueles corpos que Deus tanto amou, e que nem sempre nos importamos, quando não nos emgajamos na nossa luta contra a pobreza e o abandono.
Nosso grito em forma de oração é um compromisso inadiável de deixar que nenhum idoso tenha seus dias em esquecimento e morra sozinho.
Que a Fundação Dr. THOMAS que gerencia a Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI) em Manaus, prossiga sua missão social, fundada sobre a dignidade da Pessoa Humana, amada e sonhada para viver eternamente perto de Deus Pai!
Nossa Senhora das Graças, rogai por nós, que envelhecemos na Esperança da Vida sem fim!